Hoje é dia

Dia em que estou...

Na verdade, nem sei se “estou”...

Se estou aqui ou aí

Por que será que há dias que nada parece existir, e tudo parece se perder?

Nem eu, nem você

Nem “sou” ou “estou”...

Hoje é dia que leio e releio... a mim, a você...

E não encontro nenhum de nós dois...

Dia em que me afogo em versos perdidos em rimas sem sentido

Sonhos desconexos, sentimentos incontidos...

Hoje é dia que me perco em trechos de Caio

Dia em que me ensaio, dia em que palavras se tornam prece (silenciosa), algo que você (pre)sente, e nem ao menos entende...

não consegue (d)escrever...

Mas, eu precisava tanto... Precisava tanto reter o encanto... e te dizer..., mas estranho, as palavras já não me são tão fáceis nesse momento.Estranho nada! Há muito que já não sei o que te dizer (o que poderia te dizer que já não tenha dito?), mas sei lá... ainda assim queria... (quero, preciso...). Hoje eu queria, precisava te falar... tentar ao menos...,e te escrever... para quem sabe te fazer entender, mas entender o que? Escrever o que? Já nem sei mais...

Na verdade, as únicas palavras que me ocorrem agora não são minhas, são dele, sempre dele (Caio Fernando de Abreu). É, as palavras não são minhas, mas com certeza, se eu fosse te escrever, te diria:



“(...)Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para vc, para mim.
P.S.: Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem vc nem eu somos descartáveis.
E amanhã tem sol!"



SOL...!

É, amanhã tem sol

Apesar de todas as ventanias desses nossos dias...



Porque tem dia que é assim

Doido, doído, louco, varrido, sem razão, todo coração, sem sentido, sentido, sofrido, vivido até o fim...

Dia da mais pura contradição, da loucura mais doce...

Dia em que deliberadamente não procuro tua saudade na minha pele

Propositalmente não te espero, minto que não te quero

É, mas tem jeito não, finjo... prendo o coração... escondo a alma, não encontro a calma... me encolho, me despeço, nada peço, não espero tuas respostas, te dou às costas, não insisto, me (des)faço... me (re)viro, nem disfarço... acabo de novo de frente com você... VOCÊ, SEMPRE VOCÊ...!



Contraditoriamente me repito em você...

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